por Lisbeth Assis - domingo, 5 de dezembro de 2004
Pronunciamentos em prol de uma liberdade de expressão a toda hora e em todo lugar. O que seria isso? A mídia quer conquistar essa tal "liberdade" há décadas.
Nos anos 60 existia um objetivo comum: derrubar a ditadura militar. Podemos defini-la como o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil, de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime.
Os jovens pediam o fim daquele regime, reivindicavam a redemocratização do País, queriam o fim do imperialismo, a liberdade de expressão, a revolução sexual, paz e amor e a defesa do patrimônio nacional. E hoje? Qual será o ideal tão almejado por todos?
Fazendo uma viagem pelo tempo, até os anos 60-70, o simples fato de pensar na palavra "liberdade" já era sinal de alerta para os ditadores. As pessoas tentavam, através de canções e poesias, extravasar o seu "subjugado" pensamento; as palavras de protesto sofriam mutações, já que a ação da censura impedia que a população tivesse conhecimento daquilo que realmente acontecia, passando sempre a idéia de uma "paz tranqüila". "Nunca podíamos falar nada sobre a política. Mas no fim não fazia muita diferença, pois a verdade era escondida de nós e tentavam mostrar que sempre estava tudo bem, mesmo quando sabíamos que não estava, que a repressão aumentava cada vez mais", relata Gessi Aparecida Astolfi, 71 anos.
Hoje, com a globalização, a circulação de notícias imediatas através da Internet e o fim da ditadura, temos o direito de nos tornar livres. Mas, mesmo com a liberdade de pensamentos, nem sempre podemos colocá-la em prática. Podemos até falar, mas não podemos fazer tudo que falamos. Nesse caso, temos somente a liberdade de opinião, mas nunca a liberdade de ação.
10.11.06
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