por Lisbeth Assis - quarta-feira, 20 de outubro de 2004
Antigamente, a juventude era reservada na atitude sexual. Com a era hippie nos anos 60 e 70, houve uma mudança radical nesse comportamento e o sexo aflorou: romperam-se os tabus, e da castidade chegou-se à promiscuidade. Mais algumas décadas e o que vemos é uma mistura dessas épocas, que varia entre a tradição da família e as opiniões e pensamentos dos próprios jovens sobre o que é certo e o que é errado.
Essa mesclagem vai desde as garotas que sonham com o vestido branco, véu e grinalda compondo o tradicional casamento na igreja, na qual escolhem um único parceiro para o resto da vida, até os garotos que freqüentam os famosos "bailes funk" e não se preocupam com o número de parceiras que varia a cada noite. "O que nós queremos é nos divertir", diz G.T.*, carioca, 21 anos.
Atualmente meninos e meninas têm sua primeira relação sexual muito cedo, por volta de 14 ou 15 anos, e em sua maioria não o fazem com uma pessoa confiável, apenas por curiosidade: não se apegam a valores, não pensam nas conseqüências. "A minha primeira vez foi sem camisinha com um garoto que nunca mais vi", conta C.F.*, paulistana, 17 anos. Isso representa um perigo, pois aumenta a chance de transmissão de doenças e gravidez precoce – a gravidez na adolescência e o sexo de risco são problemas gritantes quando se fala em comportamento sexual jovem –, mesmo que haja hoje muita divulgação e informação sobre prevenção.
O sexo em si continua banalizado. "A maioria dos ideais se foram e isso é notório em baladas, festas, universidades, e em outros ambientes onde há uma maior concentração de adolescentes", afirma Lilian Assis, paulistana, pedagoga de 45 anos. Talvez necessitem de auto-afirmação, querem contradizer o que os pais lhes instruíram para provar para si mesmos – e muitas vezes para os amigos – que nessa idade podem dominar sua sexualidade da forma que acham melhor, sem que isso cause problemas. Eles buscam mostrar que o conceito "careta" sobre sexo da época de suas famílias caiu.
Essa mesclagem vai desde as garotas que sonham com o vestido branco, véu e grinalda compondo o tradicional casamento na igreja, na qual escolhem um único parceiro para o resto da vida, até os garotos que freqüentam os famosos "bailes funk" e não se preocupam com o número de parceiras que varia a cada noite. "O que nós queremos é nos divertir", diz G.T.*, carioca, 21 anos.
Atualmente meninos e meninas têm sua primeira relação sexual muito cedo, por volta de 14 ou 15 anos, e em sua maioria não o fazem com uma pessoa confiável, apenas por curiosidade: não se apegam a valores, não pensam nas conseqüências. "A minha primeira vez foi sem camisinha com um garoto que nunca mais vi", conta C.F.*, paulistana, 17 anos. Isso representa um perigo, pois aumenta a chance de transmissão de doenças e gravidez precoce – a gravidez na adolescência e o sexo de risco são problemas gritantes quando se fala em comportamento sexual jovem –, mesmo que haja hoje muita divulgação e informação sobre prevenção.
O sexo em si continua banalizado. "A maioria dos ideais se foram e isso é notório em baladas, festas, universidades, e em outros ambientes onde há uma maior concentração de adolescentes", afirma Lilian Assis, paulistana, pedagoga de 45 anos. Talvez necessitem de auto-afirmação, querem contradizer o que os pais lhes instruíram para provar para si mesmos – e muitas vezes para os amigos – que nessa idade podem dominar sua sexualidade da forma que acham melhor, sem que isso cause problemas. Eles buscam mostrar que o conceito "careta" sobre sexo da época de suas famílias caiu.
*Os nomes foram preservados a pedido dos entrevistados.
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