Com o avanço da tecnologia, avançam também os recursos da publicidade, e a mídia, antes estática, agora te chama para uma conversa
por Lisbeth Assis, para Revista Sign - teste
O que se costumava ver pelas ruas eram aqueles painéis que falavam do novo shopping ou de uma marca nova de chocolates. Sempre ali, no alto, ou parado, colado num vidro ou porta de elevador. Hoje, você pode tocar a imagem e fazer o chocolate se mover ou simular a abertura da porta do shopping e ver o que ele te proporciona.
A mídia eletrônica avança junto com a tecnologia e tem ganhado mais espaço perante a mídia clássica, estática. Mas sem substituí-la. “Para cada espaço há um tipo de informação. A mídia eletrônica, apesar de estar ganhando força, vem como um adicional, como um complemento à mídia estática. Ambas trabalham juntas”, explica Luís Emanuelli, técnico em mídia estática. Ele garante que a mídia clássica, para quem gosta dos tradicionais banners e letreiros, não deixará de existir. “Os pontos-de-venda de supermercados, por exemplo, misturam displays de LCD com um balcão adesivado”, exemplifica.
O conteúdo da mídia eletrônica geralmente é novo e específico para um determinado público. A rede Fran’s Café é uma das grandes redes que apresenta em seu conteúdo não apenas seus produtos, mas também informações sobre a cidade de São Paulo. Seus painéis vão além da venda, eles investem na sinalização digital, divulgando informações úteis e pertinentes a quem freqüenta o Fran’s Café.
As desvantagens da comunicação visual eletrônica são poucas, mas existem. “A mídia eletrônica custa mais caro, por ser uma tecnologia nova”, conta Luís. Além disso, ainda é pequeno o número de empresas que tem capacidade financeira para cobrir os gastos necessários para a divulgação eletrônica, somente grandes redes já são adeptas. “Mas tende a baratear, a tornar-se um recurso mais viável com o tempo”, afirma.
Outro problema é a sustentabilidade dessa mídia. A falta de recursos para energia hoje vem se agravando, e busca-se ao máximo a economia. Mas, questionado sobre este problema, Luís Emanuelli revelou que “a mídia clássica também exige muitos recursos, como o gasto com impressoras de grande porte.” No fim das contas, ambas gastam, a estática antes e a eletrônica depois. Além disso, muitos recursos da mídia estática não são recicláveis, como as lonas utilizadas em banners e faixas, e a comunicação eletrônica acaba sendo menos prejudicial ao meio ambiente. “A mídia estática uma hora é trocada, vai pro lixo. Na eletrônica, a mídia é a mesma; você só troca o conteúdo, e o gasto com energia é baixo, como de um computador ligado”, ressalta Luís.
A intenção da mídia eletrônica não é apenas chamar ainda mais a atenção da população. Ela foi criada também para interagir. “Nos painéis eletrônicos as pessoas podem tocá-lo, mexer na projeção, é mais interessante. Não haveria interação se fosse estático”, defende o técnico. Mas, se houver qualquer problema com a sua mídia eletrônica, você precisará ir atrás de um técnico e seu painel ficará parado – curiosamente como uma mídia estática – até que o problema seja resolvido. “É um risco”, finaliza.
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